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Uma das ideias mais prejudiciais ao aprendizado da comunicação é a de que a oratória é a arte de “falar em público”.
Ela coloca o oratória como uma habilidade necessária para uma situação específica, aquela onde você está em pé em um palco, talvez atrás de um atril (ou púlpito ou leitoril) falando para um auditório. Olhando a oratória nessa “caixinha” ela parece necessária apenas para professores, palestrantes, pastores e afins.
O que diferencia a oratória, nesse sentido de “falar em público”, da comunicação verbal do dia a dia é apenas o tamanho do público, porque todo falar é falar em público! Os fundamentos são os mesmos, o orador apenas precisa se adaptar um pouco para a situação, mas a habilidade é a mesma.
É claro que um discurso ininterrupto como uma palestra precisa de preparação e treino, mas se você não sabe se comunicar bem esse trabalho de preparação será um trabalho hercúleo, será como ensinar alguém que não sabe dirigir um carro a dirigir uma carreta.
Além de que a qualquer momento você pode ser colocado em situações em que vai precisar falar para algumas ou muitas pessoas. Na faculdade ao apresentar um trabalho, no trabalho ao participar de reuniões, entrevistas de emprego, videoconferências, apresentação de vendas, e até discursos em eventos familiares como festas de aniversário e casamentos. E geralmente se tratam de momentos onde um bom desempenho pode até mudar o rumo da sua vida e carreira.
Então não espere cair na água para aprender a nadar, não espere ter que ajudar na mudança pra fazer musculação e não espere “aquela apresentação” para aprender a falar bem. Falar bem é uma habilidade para a vida.
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